A Azul Linhas Aéreas espera crescer entre 20% e 25%
e atingir sete novos destinos em 2013. Para o próximo ano, o foco principal da
empresa é a consolidação da união com a Trip.
"A gente continua enxergando crescimento [em
2013]", afirmou José Mário Caprioli, presidente da Trip e diretor de
operações da empresa resultante da fusão, que se chamará apenas Azul.
"Vamos continuar em um ritmo forte, mas, com uma base de 115 aviões, crescer
entre 20% e 25% já é um desafio para a gente", disse o executivo,
ressaltando que a previsão pode sofrer "ajustes" nos próximos dois
meses. Em 2012, o faturamento da empresa deve ser de R$ 4,2 bilhões.
"Tanto a fusão
[com a Trip] quanto a possível redução de tributos [sobre o preço dos
combustíveis] abrem essa possibilidade", disse Caprioli. Atualmente, o
combustível representa 35% dos custos da companhia. O executivo conta que o
governo tem uma pauta positiva com as aéreas e pode reduzir tributos sobre o
querosene de aviação. "Com mitigações fiscais nesse insumo, a gente pode
reduzir [o preço das passagens]".
Oficializada em maio
deste ano, a fusão com a Trip deu capilaridade à Azul. Juntas, as duas
companhias alcançam 100 destinos. Em 18 de outubro, a venda de passagens foi
unificada nos sistemas das duas empresas, com isso "a fusão começa
efetivamente a se tornar uma fusão", afirmou.
Caprioli acredita que
o mercado brasileiro de aviação civil atravessa um momento de recuperação.
"Este ano, o segundo e o terceiro trimestres foram frustrantes para o
setor, e para a economia brasileira, mas para 2013 já sinaliza franca
recuperação".
O executivo afirma
ainda que a crise no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), que ficou
fechado por dois dias após um avião com problemas ficar parado na
pista, pode tornar o aeroporto mais competitivo. Para ele, o governo sabe da
importância de Viracopos e estuda abrir a pista auxiliar para pouso e
decolagem, uma demanda antiga da Azul. Entre 85% a 90% dos voos de Viracopos
são operados pela companhia.
O prejuízo da Azul com
o incidente é calculado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. "Um prejuízo
relevante e que impacta negativamente os resultados em outubro", afirmou.
O bloqueio da pista fez a empresa cancelar 470 voos.
Fonte: Valor
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