A Justiça
aceitou na terça-feira (23) o pedido de recuperação judicial da Passaredo
Linhas Aéreas, empresa com sede em Ribeirão Preto (SP). O deferimento é da juíza da
8ª Vara Cível da cidade, Carina Roselino Biagi. A ação foi ajuizada na
sexta-feira (19) pelos advogados da companhia, que está em operação há 17 anos.
Em nota, a
Passaredo alegou que a solicitação se deve aos problemas financeiros
enfrentados – a dívida está estimada em R$ 100 milhões - devido ao ‘alto preço
do combustível, ao atendimento das demandas regionais utilizando jatos e,
inclusive, uma concorrência específica, momentânea e predatória vivida em sua
base principal, Ribeirão Preto’.
Segundo a
assessoria de imprensa, mesmo diante da crise, os serviços serão mantidos e não
haverá prejuízo aos usuários.
PEDIDO
Segundo a
juíza de Ribeirão Preto, a companhia deverá apresentar um plano de
reestruturação aos credores em um prazo de 60 dias, sob pena de convolação de
falência. A elaboração do documento ficará a cargo do escritório Exame
Auditores, de Ribeirão Preto. Com isso, ficam suspensas todas as ações ou
execuções obtidas contra o devedor.
A Deloitte
Touche Tohmatsu Consultores, de São Paulo (SP), foi nomeada administradora
judicial da Passaredo pela juíza. O escritório terá 10 dias para informar a
situação da companhia à Justiça.
Já na
semana passada, a Passaredo havia informado que todos os voos programados
seriam mantidos e que o processo não traria prejuízos aos usuários dos serviços
prestados. Mas, só na terça-feira, a Justiça assegurou no deferimento do pedido
o uso pela companhia de todas as áreas da Infraero pelo prazo de 180
dias, ‘a fim de possibilitar-lhe a continuidade do exercício de suas
atividades’.
Atualmente,
a Passaredo opera com quatro aeronaves ATR 72-600 e realiza, em média, 44 voos
diários. O quadro de funcionários é composto por 590 pessoas distribuídas nas
18 cidades atendidas.
SINAIS DA CRISE
Em julho
deste ano, a Passaredo anunciou a demissão de 113 funcionários. Os
trabalhadores foram demitidos por conta do encerramento dos voos entre o
Aeroporto Leite Lopes, em
Ribeirão Preto , e cidades do Sul do país – Porto Alegre (RS),
Curitiba (PR), Cascavel (PR) e Londrina (PR).
À época, a
empresa justificou as demissões pela readequação de sua malha aérea que visava
o mercado das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Fonte: G1
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