Trabalhadores demitidos da Webjet
tentam sensibilizar o Executivo e o Legislativo de que, além de resultar na
perda de 850 empregos, o fim da companhia acabou com as opções de voo barato.
"Há uma enorme sensibilidade
em Brasília em razão da crueldade das demissões e também porque ninguém mais
consegue comprar passagem a preço acessível", afirma Graziella Baggio,
diretora do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).
Ela participou ontem, com um grupo
de trabalhadores, de audiência no Senado e também de uma reunião com o ministro
do Trabalho, Brizola Neto. Anteontem, os trabalhadores já tinham ido ao Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O SNA apresentou estudo que mostra
aumento de tarifa de até 300% nos voos que eram da Webjet e que, com o fim da
empresa anunciado na sexta-feira, agora integram a malha da Gol.
Segundo um exemplo do estudo, o
voo 5767 de Guarulhos (SP) ao Santos Dumont (RJ), das 11h20 de 18 de outubro,
era vendido pela Webjet por R$ 183,99 no dia 16 do mesmo mês. No dia seguinte (17),
quando o site da Webjet saiu do ar, o mesmo voo custava R$ 571,90 no site da
Gol, aumento de 311%.
A Webjet tinha uma política de
preços constantes por trecho, enquanto a Gol, assim como as concorrentes TAM e
Azul, estabelecem preços conforme a demanda e a antecedência da compra. Quanto
mais perto da partida, maior o preço. A Gol contesta o estudo e diz que a
comparação tem que levar em conta essa política de preço.
A assessoria do ministro Brizola
Neto informou que ele se comprometeu a promover uma mediação com a empresa para
reverter demissões.
A diretora do SNA admite, contudo,
que a tarefa não será fácil. "Estamos tentando articular a possibilidade
desse cenário mudar, mas não sei se teremos essa capacidade.
Fonte: Radaraereo.blogspot.com.br
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