O
programa KC-X2:
No ano passado foi divulgado pela
FAB o programa KC-X2 com a intenção de comprar 4 novos aviões para substituir
os já antigos e obsoletos KC-137E (Versão de reabastecimento do civil Boeing
707-320C )
pertecentes ao Esquadrão Corsário sediado na Base Aérea do Galeão no Rio de
Janeiro - RJ.
Os Sucatões como são conhecidos os KC-137 completaram esse ano 44 anos
de vida, sendo um dos vetores mais antigos de toda a força. Além da necessidade
da troca dos reabastecedores estratégicos também veio a necessidade da Força
Aérea adquirir um avião presidencial maior e com maior alcance, pois o recente
Airbus A319CJ entregue em 2008 pela Airbus Corporate Jets fazia até 2 escalas
para ir para Europa para cumprir a agenda presidencial.
Após a divulgação do programa, 3 empresas apresentaram suas propostas:
-
Airbus Military: Airbus A330 MRTT (Multi-Role Tanker Transport)
- Boeing Military: Boeing KC-767A
International Tanker
- Israel Aerospace Industries (IAI): Boeing KC-767-300ER MMTT
Sobre as aeronaves concorrentes:
- A330 MRTT: É um Airbus A330-200 de passageiros convertido pela
própria Airbus para reabastecimento e transporte em sua fábrica em Getafe,
Espanha.
É utilizado pelo Reino Unido, Austrália, Emirados Árabes, Arábia
Saudita e França.
- KC-767A: Um Boeing 767-200ER civil convertido para reabastecimento
em voo (REVO) e transporte COMBI (Cargas e Passageiros ao mesmo tempo). Seus
operadores são o Japão e Itália, além da recente encomenda dos Estados Unidos
(designado KC-46A).
- KC-767-300ER MMTT: Convertido
pela IAI em Tel-Aviv, Israel teve sua primeira entrega há alguns meses para a
Força Aérea Colombiana (versão 200ER).
Assim como os concorrentes, pode levar carga e/ou passageiros e utiliza do
próprio tanque de combustível para reabastecimento em voo.
Os 767-300ER da "brasileiros" e o seu futuro:
A TAM já tinha anunciado que no ano de 2013 iria aposentar os seus três 767-300ER (PT-MSQ, MSU e MSR) o que foi adiantado para o Dezembro deste ano. Segundo a Isreal Aerospace Industries através de matéria divulgada na Revista Força Aérea, caso o KC-767-300ER MMTT seja escolhido pela FAB, o mesmo seria proviniente de alguma companhia aérea de leasing ou de algum "estoque" citando como exemplo o deserto de Mojave em Nevada, EUA. Deste mesmo deserto de onde veio o Júpiter colombiano que pertenceu a cia.aérea Air China durante 20 anos e foi estocado em 2009. O prazo para entrega pela IAI desde da assinatura do contrato é de 24 meses (2 Anos).
Atualmente o número de células disponíveis de 767 é considerável. Os
Boeings utilizam motores da Pratt & Whitney (PW) ou General Eletric (GE),
porém há uma preferência por aeronaves fabricadas para um mesmo cliente, com
número de horas e ciclos de manutenção parecidos para criar uma uniformidade em
termos de manutenção e logística.
Todos os 3 767's da TAM foram adquiridos pela Alitalia, possuem em
torno de 18 anos de idade e também a mesma motorização: 2x GE CF6-80C2B6F cada.
Destaque para o PT-MSU que foi operado pela Varig durante alguns meses como
PR-VAG.
Restaria ainda um 767 para ser adquirido, e o mesmo também podendo ser
um ex-Varig como o MSU, muitos aviões que pertenciam a Varig estão estocados no
deserto. Outra facilidade é a possibilidade da conversão ser feita em Porto Alegre nos
hangares TAP M&E ao invés de Israel. Além disso o Brasil possui 3 oficinas
certificadas para aeronave, novamente a da TAP M&E que também possui um
hangar no Galeão, sendo estratégico já que o Esquadrão Corsário se baseia no
mesmo aerodrómo. Além da portuguesa TAP, as brasileiras TAM MRO em São Carlos - SP e a GOL
na região metropolitana de Belo Horizonte - MG.
Mas isso são previsões, e assim com o projeto FX-2
que prevê substituir os caças, tudo está indefinido e sem previsão. O programa
FX-2 irá completar ano que vem sua maior-idade: 18 anos. E está como um jovem
de mesma idade indeciso sobre qual faculdade fazer, neste caso escolher qual
dos 3 concorrentes.
Em ambos os casos as notícias indicam a escolha de um Boeing, e talvez
um escolha 1 e leve 3: Se a Boeing for escolhida no FX-2 também levar o KC-X2 e
a Embraer levar o Super Tucano na concorrência LAS da Força Aérea Americana.
Fonte: Aeroin
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