A Embraer e a SNC (Sierra Nevada Corporation) foram
liberadas para iniciar a produção do avião Super Tucano para a Força Aérea dos
Estados Unidos nesta sexta-feira (15).
Hoje, a Força Aérea do país conseguiu reverter
determinação do GAO (Government Accountability Office), responsável por auditar
licitações de governo, de segunda-feira, que resultou na suspensão dos
trabalhos de produção do avião.
A ordem de suspensão dos trabalhos é uma
decorrência automática do processo aberto pela concorrente Beechcraft junto ao
GAO, questionando o resultado.
A Embraer venceu a disputa em dezembro de 2011, mas
a Beechcraft entrou na Justiça e conseguiu anular a concorrência. Uma nova
disputa foi realizada e, fim de fevereiro, a Embraer foi novamente anunciada
como vencedora.
O contrato de US$ 428 milhões envolve a compra de
20 aviões Super Tucano, além de peças e serviços de manutenção. Os aviões serão
usados para dar apoio à missão militar dos EUA no Afeganistão. Se concretizada,
será a primeira venda da Embraer para a Defesa dos EUA.
Beechcraft
“No que concerne à produção de aeronaves para
ajudar os americanos a voltar do Afeganistão para casa, a Força Aérea dos EUA
hoje concluiu que o ‘melhor interesse’ agora pesa nos ombros do Brasil”,
declarou a Beechcraft, em nota.
A empresa americana questionava o valor do
contrato. “Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um
gasto adicional de mais de US$ 125 milhões pelo o que consideramos ser uma
aeronave com menos capacidades”, disse em comunicado o presidente-executivo da
empresa, Bill Boisture, após perder a licitação pela segunda vez.
Ele disse que sua empresa estava “muito perplexa”
com a decisão e que há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de
seleção.
Anteriormente conhecida como HB (Hawker
Beechcraft), a Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. Em
comunicado, ela disse que a decisão a favor da Embraer afetará cerca de 1.400
postos de trabalho no Kansas e em outros Estados americanos.
Fonte: Folha de São Paulo / Poder Aereo
0 comentários:
Postar um comentário