O presidente da
Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse nesta quinta-feira
(14/03) que a unidade de negócio deve manter um crescimento de dois dígitos ao
longo dos próximos anos e estimou uma expansão de 12% em média até 2020.
Para 2013, a
estimativa é de que a unidade de negócio alcance crescimento de 25%, similar ao
observado no ano passado, no faturamento em dólares, quando registrou alta de
24%.
Em apresentação à
imprensa, Aguiar destacou que de 2006 a 2012, a Embraer Defesa e Segurança
registrou crescimento médio anual de 29%, o que permitiu ampliar o peso de 6% a
17% na receita total da Embraer de 2012, quando superou, pela primeira vez, a
marca de faturamento de US$ 1 bilhão, alcançando US$ 1,056 bilhão.
"O mercado de
defesa está reduzindo de tamanho e crescer em um mercado que está reduzindo é
uma conquista importante", disse, destacando que atualmente a unidade está
presente em 50 forças aéreas, em 48 países.
CONTRATO COM EUA
Aguiar
também comentou que a interrupção temporária da venda dos modelos Super Tucano
para a Força Aérea americana é um procedimento padrão e automático, a partir do
momento em que há uma contestação do resultado da licitação.
Ele destacou, no
entanto, que o contratante está buscando alternativas para acelerar o
cancelamento da suspensão, procurando demonstrar que o contrato é "de
interesse nacional". "Vamos levar desta vez", disse Aguiar.
"Temos absoluta segurança do processo que foi feito, que acompanhamos e
foi muito rígido", completou.
Após ser derrotada
pela segunda vez na licitação, a empresa norte-americana Beechcraft contestou,
mais uma vez, o resultado da licitação. Entre os argumentos da concorrente está
o de que a assinatura do contrato com uma empresa fora dos Estados Unidos
prejudicará a americana e pode levar a perda de empregos no país.
Mas Aguiar contestou
o argumento e salientou que a Embraer gerou cerca de 800 empregos diretos desde
2008 e hoje emprega cerca de 1700 pessoas. Por outro lado, segundo ele, a
Beechcraft demitiu cerca de 5 mil pessoas desde 2007, transferindo a produção
dos Estados Unidos para o México e descontinuando cinco modelos que já foram
líderes desse mercado. "Não resta dúvida de quem tem capacidade de
crescer", concluiu.
E alfinetou a
concorrente: "Tem que saber reconhecer a derrota, faz parte do jogo."
Segundo o executivo, a Embraer está mantendo os trabalhos visando o
fornecimento dos Super Tucanos à Força Aérea americana, particularmente no que
diz respeito ao planejamento da produção, já que a primeira entrega está
marcada para o segundo semestre do ano que vem.
FORNECEDORES
A Embraer informou
que selecionou a UTC Aerospace Systems, unidade da United Technologies Corp.,
para fornecer o sistema de geração e distribuição elétrica da segunda geração
de E-Jets, cuja entrada em serviço está prevista para 2018.
Conforme o
comunicado da fabricante brasileira de aviões, a UTC fornecerá os geradores
elétricos principais e auxiliar; de distribuição elétrica primária e
secundária; o sistema de geração elétrica em emergência; baterias e conversores
elétricos.
A UTC Aerospace
Systems também foi selecionada para fornecer rodas e freios, por meio de sua
unidade de negócios Wheels & Brakes. A empresa fornecerá os freios de
carbono e as rodas principais e auxiliares da aeronave.
A Embraer também
selecionou a Pratt & Whitney, empresa do grupo United Technologies Corp.,
para fornecer a Unidade de Potência Auxiliar (APU, na sigla em inglês)
AeroPower's APS2600E.
A APU dá à aeronave
potência auxiliar na forma de ar de alta pressão para a partida dos motores
principais e do ar-condicionado na cabine, além de energia elétrica enquanto o
avião está em solo.
A APU pode funcionar
também como alternativa ao fornecimento de ar pressurizado e energia elétrica
durante operações em voo. A companhia já selecionou os motores, da Pratt &
Whitney, e o sistema integrado de aviação Primus Epic 2, da Honeywell.
Fonte: Época Negócios
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