O fluxo de pagamento por parte do
governo em relação ao desenvolvimento do cargueiro militar KC-390 ainda é uma
preocupação presente para a Embraer, de acordo com Frederico Curado,
diretor-presidente da empresa. “É uma discussão constante. Vamos ter que esperar
pelo fechamento do trimestre para comentar se tivemos uma melhoria ou aumento
de contas a receber. Mas é uma preocupação ainda presente”, ressaltou.
Curado também
comentou que o dólar nos patamares atuais ajuda a empresa, mas não é um
diferencial para os resultados da companhia. “O efeito do câmbio, para nós, não
é dramático, nem para mais nem para menos. Mas, temos uma parte de custos em
reais que se beneficia de um dólar fortalecido. É um vento de cauda, mas não
chega a ser determinante na nossa vida”, afirmou.
A Citi Corretora
disse em relatório que é preciso de muito mais do que o câmbio para ficar
otimista com a Embraer. Segundo uma das leis mais em voga no mercado
ultimamente, quando o dólar sobe, as ações de empresas com perfil exportador
também se valorizam. Com isto em mente, a Embraer deveria estar em uma situação
bastante confortável este ano, com um acúmulo de 15% de desvalorização da nossa
moeda em relação à divisa dos EUA, mas não é o que se tem visto.
Apesar de
beneficiada pela depreciação cambial, já que possui suas receitas na moeda
norte-americana e despesas em real, a ação da empresa cai 1,44% desde 1º de
janeiro. O desempenho é bem mais fraco que o de outras exportadoras como Fibria
e Suzano, que sobem 32% e 30%, respectivamente. Uma das razões para isso é que
a participação brasileira cada vez maior na receita da companhia tem reduzido
esta vantagem cambial. Consequentemente, a Citi cortou o preço-alvo das ações
da indústria produtora de aviões de R$ 29,50 para R$ 25,16.
Fonte: Poder Aéreo
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