No
pedido de oferta pública de ações que a Azul S.A, controladora da Azul Linhas
Aéreas Brasileiras, entregou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e foi
publicado nesta segunda-feira (27/05), as despesas relativas à compra da Trip
foram mencionadas como um dos fatores de risco para a companhia aérea.
De
acordo com a Azul, o negócio levou a despesas não recorrentes de R$ 44 milhões
e de R$ 1,8 milhão durante a integração da Trip em 2012 e o primeiro trimestre
de 2013, respectivamente. A companhia prevê mais despesas no processo de
finalização da integração. "Caso não seja possível integrar com sucesso as
duas operações comerciais, podemos não conseguir recuperar esse
investimento", afirma a Azul, no documento.
A
companhia elencou ainda como fatores de risco a competição no setor aéreo, a
variação no custo de combustível e a dependência do Aeroporto de Viracopos. A
empresa argumenta que se as empresas aéreas concorrentes executarem com sucesso
modelos de negócio semelhantes ao da Azul, as atividades e condições
financeiras poderiam sofrer um impacto adverso relevante. "O setor de
transporte aéreo é altamente sensível ao desconto de tarifas e às políticas de
preços agressivos", completa.
A
respeito da variação do custo com combustível de aviação, a Azul afirma que o
preço do produto está sujeito a questões geopolíticas e na oferta e na demanda,
com impacto direto nos custos. A Azul citou, ainda, as consequências de uma
interrupção relevante das operações do aeroporto de Viracopos, que responderam
por cerca de 34% das chegadas e decolagens da empresa em 2012. No ano passado,
um incidente envolvendo uma aeronave de uma empresa aérea de carga fechou uma
das pistas no aeroporto durante três dias, o que prejudicou operações da Azul.
Fonte:
Época
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