O Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido na quinta-feira por um míssil
terra-arperto da fronteira com a Rússia, sobre uma região com
combates desde abril entre separatistas pró-Moscou e forças do governo
ucraniano. Todos os 298 passageiros a bordo morreram.
Andriy Sibiga disse que os corpos
seriam transportados provavelmente para a cidade próxima de Kharkiv, que está
sob controle do governo central, de Kiev.
Ao todo, eram 283
passageiros --sendo três crianças-- mais 15 tripulantes. Entre as
nacionalidades, estavam 189 holandeses, 44 malasianos (sendo 15 da tripulação
mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove
britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense, um
neozelandês e um chinês de Hong Kong. Outros 4 passageiros ainda não tiveram a
nacionalidade divulgada. Anteriormente, o número de vítimas divulgado foi de
295.
O voo MH17 ia de
Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros
quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância
de 10,2 mil quilômetros. A Malaysia Airlines perdeu contato com a aeronave às
11h15 (horário de Brasília), e que sua última posição foi registrada no espaço
aéreo ucraniano, a 30 km de Tamak.
Equipes de resgate
encontraram nesta sexta a segunda caixa-preta da aeronave da Malaysia Airlines.
Na quinta-feira, separatistas pró-russos já haviam encontrado a outra
caixa-preta e enviado os registros para Moscou, segundo a agência de notícias
Interfax.
Os separatistas
concordaram em prestar assistência aos peritos que investigam a queda do avião
e vão garantir acesso seguro aos especialistas internacionais que se dirigem ao
local, disse a Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE).
A companhia aérea
ainda não divulgou a lista dos passageiros porque ainda não contatou todos os
familiares.
Meios de imprensa
locais informaram nesta sexta que pelo menos 100 delegados,
pesquisadores e ativistas que iam participar de uma conferência internacional
sobre Aids na Austrália viajavam no MH17.
A conferência Aids
2014 começaria no domingo, em Melbourne, na Austrália.Os organizadores
afirmaram que ainda não têm como confirmar quantos delegados estavam no avião.
Um dos mais proeminentes participantes
era Joep lange, chefe do Departamento de Saúde Global da Universidade de
Amsterdã e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids. Lange trabalhava
para combater o HIV desde o início da doença. Sua mulher também estaria no voo.
ambém estava a bordo Glenn Raymond
Thomas, porta-voz na Suíça da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com o jornal britânico
"The Guardian", o ativista holandês Pim de Kuijer também viajava para
conferência, a bordo do MH17.
"Não se confirmou ainda mas temos
informação que muitos de nossos colegas e amigos estavam a bordo do
avião", disse Françoise Barre-Sinousi, Prêmio Nobel em 2008 por seu papel
no descobrimento do HIV e co-presidente da conferência.
Separatistas
Pró-Rússia Teriam Derrubado Avião Malaio Por Engano
Os separatistas pró-Moscou teriam derrubado o avião da
Malaysia Airlines no leste da Ucrânia após confundi-lo com um aparelho militar
ucraniano, indicam vários elementos publicados nos sites dos rebeldes e
interceptados pelos serviços de segurança de Kiev.
"O ministro da Defesa" dos separatistas, Igor
Strelkov, informou em sua página do Vkontakte (Facebook russo) que os rebeldes
derrubaram um avião de transporte militar ucraniano An-26 no mesmo horário e
região da queda do Boeing-777 malaio, com 298 pessoas a bordo.
Strelkok publicou em seu site um vídeo da coluna de
fumaça produzida logo após a queda do avião, que corresponde ao impacto do
Boeing malaio no solo exibido no Facebook.
"Abatemos um An-26 próximo a Snijné", escreveu
às 13H37 GMT (10H37 Brasília) Igor Strelkov, cidadão russo apresentado pelos
serviços ucranianos como um coronel da Inteligência militar.
Snijné está situada na mesma zona onde o avião da
Malaysia Airlines foi abatido, sob o controle dos rebeldes pró-Moscou, por
volta das 13H20 GMT.
Um An-26, avião de transporte ucraniano, foi derrubado
pelos rebeldes no dia 14 de junho, provocando a morte de 49 militares, no
ataque mais fatal contra as forças ucranianas desde o início de suas operações
no leste, em meados de abril.
O Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) publicou na noite
desta quinta-feira a transcrição de um diálogo entre dois líderes rebeldes após
o incidente com o Boeing.
- "Foi o pessoal do posto de Tchernoukhine que
derrubou o avião. Ele se desintegrou no ar, Major".
- "E agora, Grek"?
- "Era um avião civil, 100%" (...).
- "Não tinha armas"?
- "Não, apenas civis".
- "Há documentos?"
- "Sim, tem um, de um estudante indonésio".
Igor Strelkov não informou nas redes sociais como o avião
foi derrubado a uma altitude de 10 mil metros, mas em uma mensagem na conta
oficial no Twitter da "República Popular de Donetsk" - que foi
posteriormente retirada - os rebeldes afirmam ter capturado uma "bateria
ucraniana de A1402", mísseis terra-ar capazes de atingir alvos a 25 km de
altitude.
Horas após o incidente, o porta-voz militar ucraniano
Andriï Lyssenko disse que os rebeldes baseados em Snijné têm sistemas Bouk
"destinados a abater aviões e helicópteros à pequena e média
altitudes".
Os rebeldes pró-Moscou afirmam que o avião malaio foi
derrubado pelas forças armadas ucranianas e denunciaram uma
"provocação".
Um oficial dos Estados Unidos, que pediu para não ser
identificado, disse que um míssil terra-ar derrubou o avião, mas não pôde
precisar se o disparo partiu dos separatistas pró-Moscou na Ucrânia, de tropas
russas na fronteira ou de forças do governo ucraniano.
Fonte: Uol
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