Aviões da Trip não possuem certificação para voar a alturas mais baixas
antes de pousar.
As investigações da operação da Trip
podem resultar na intervenção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na
empresa e no afastamento de membros da diretoria. A recomendação está em
relatório de fiscalização da empresa, datado de 27 de agosto, e obtido pela
reportagem. "Face ao risco envolvido nas operações da empresa Trip Linhas
Aéreas, recomenda-se a substituição do diretor de Operações (Fernando Paes
Barros) e também do diretor de Segurança Operacional, Rafael Cohen", diz o
documento.
O relatório, assinado por três agentes
da Anac, também recomenda a "intervenção da Anac na área operacional da
empresa" e o encaminhamento do processo ao Ministério Público Federal,
pois "os fatos também se enquadram no rol dos ilícitos penais". A
Anac informou que o processo ainda está em curso e a empresa tem direito a se
defender. As recomendações dos fiscais poderão ou não ser adotadas no fim da
investigação, que ainda não tem uma data definida. A Anac abriu processo
administrativo contra a Trip Linhas Aéreas para investigar o uso de um
procedimento de pouso não autorizado, considerado de "alto risco"
pelo órgão.
Fusão
As investigações na Trip ocorrem em um
momento em que a empresa está em processo de fusão com a Azul. As duas
companhias vão formar a terceira maior empresa do setor. "Não teríamos nos
associado à Trip se não tivéssemos certeza de que é uma empresa idônea e que
respeita os procedimentos de segurança", disse o diretor de comunicação da
Azul, Gianfranco Beting, que também falou em nome da Trip.
Segundo ele, as acusações de que as
práticas adotadas pela empresa ferem as regras de segurança não procedem.
Beting lembrou que a Trip tem foco em aviação regional e opera em aeroportos
onde há uma infraestrutura deficiente.
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