A
Embraer entregou na tarde desta sexta-feira (21), em São José dos Campos, no
interior de São Paulo, a primeira aeronave dos seis jatos E-190 do contrato
firmado no último mês de julho com a companhia estatal venezuelana Conviasa. A
empresa brasileira aposta a partir de agora nas tratativas com o governo da
Venezuela para a compra opcional de outras 14 aeronaves que vão render um
aditivo US$ 632,8 milhões ao contrato.
O
aditivo no contrato com a Venezuela depende neste momento da liberação do
financimento das aeronaves pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). A expectativa é que a questão seja definida em no máximo 40
dias.
Com
isso, a fabricante de aeronaves espera alavancar sua carteira de pedidos neste
ano - que até o final de junho somava US$ 12,9 bilhões. Além disso, a empresa
projeta o futuro com a estimativa de novos contratos, principalmente, com o
mercado norte-americano.
Segundo
o presidente de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, a
estimativa é que as empresas que operam vôos comerciais nos EUA fechem nos
próximos 18 meses a aquisição de cerca de 300 aeronaves E-175. "Estimamos
o maior volume de vendas junto ao mercado americano. Faz tempo que elas
(empresas) não renovam sua frota", disse.
Aquisição
Os
demais jatos E-190 comprados pela Conviasa em julho, cujo preço da lista foi de
US$ 271,2 milhões, serão entregues até o final do primeiro semestre de 2013.
Na
ocasião da entrega do avião, a ministra do Transporte Aquático e Aéreo da
Venezuela, Elsa Gutierrez Graffe, explicou que as novas aquisições tem como
objetivo renovas a frota de três décadas da Conviasa. A empresa tem 14 jatos
que operam vôos domésticos e internacionais.
Pelo
menos outras 15 empresas privadas operam os vôos comerciais no país. "O
que queremos é buscar maneiras de incentivar essas empresas privadas a
renovarem também suas frotas", disse ao G1.
Para
Ricardo Schfer, vice-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, a compra destas primeiras aeronaves marca um passo importante em prol
da interação produtiva entre os dois países. "Este é um movimento
importante desde a entrada da Venezuela no Mercosul", afirmou.
“Temos
certeza que o E190 desempenhará um papel de extrema importância no
desenvolvimento da Conviasa e do transporte aéreo na Venezuela, pelas suas
características de versatilidade, conforto e baixo custo de operação”, disse
Paulo Cesar de Souza e Silva, Presidente da Embraer, Aviação Comercial. “Além
disso, a entrada da Conviasa para a família de clientes dos E-Jets fortalece
nossa posição de liderança na América Latina e Caribe, onde hoje temos mais de
70% do mercado de aviação comercial no segmento de jatos até 120
assentos.”
“Em
cumprimento às determinações do nosso Comandante Presidente, Hugo Rafael Chávez
Frías, e a implementação das políticas de transporte aéreo da Ministra Elsa
Gutierrez, os novos aviões da Embraer nos permitirão interconectar destinos nacionais
e internacionais, em nível regional, com muito mais qualidade”, disse César
Martínez Ruiz, Presidente da Conviasa . “Assim, posicionamos a Venezuela como
um fornecedor de transporte aéreo com aeronaves modernas e eficientes para a
prestação de serviço público a todos os passageiros da Conviasa.”
Os
E190 da companhia aérea venezuelana estão configurados com 104 assentos em
classe econômica, no tradicional e confortável arranjo dos E-Jets da Embraer,
de quatro assentos por fileira, sendo dois de cada lado do corredor e sem
assentos de meio.
A
Conviasa é o décimo primeiro cliente da família de E-Jets na América Latina e
no Caribe. Atualmente, a empresa serve 14 destinos domésticos e nove
internacionais. Segundo as previsões da Embraer, o mercado-latino americano e
caribenho é muito promissor e crescerá a uma média de 7% ao ano nos próximos 20
anos, superior à média mundial de 5%.
Fonte:
Intelog/G1/Embraer / Aeroblog
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