O governo vai reforçar em 77 por cento, em média, as
equipes dos órgãos públicos que atuam nos aeroportos brasileiros nas cidades em
que será disputada a Copa das Confederações, de acordo com o plano do setor
aéreo para o torneio divulgado nesta quinta-feira.
Entre outras medidas apresentadas para evitar problemas
nos aeroportos durante a competição, que será disputada de 15 a 30 de junho,
estão a criação de um centro de comando no Rio de Janeiro, regras para
funcionamento do espaço aéreo, exercícios simulados de recepção dos diferentes
públicos e estacionamento extra de aeronaves.
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil,
Wellington Moreira Franco, disse que a Copa das Confederações, para a qual são
esperados 335 mil torcedores, será um teste para a Copa do Mundo de 2014 e a
Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá em julho deste ano, no Rio, com a
presença do papa Francisco.
"É um treinamento para a Copa do Mundo, que terá
uma expressão muito maior. A mesma filosofia da Fifa, que é fazer este evento,
com um ano de antecedência, para testar estádio, mobilidade, esquema",
afirmou Moreira Franco em entrevista coletiva.
"(O objetivo) é que nos preparemos no detalhe,
para com isso garantir que não haja surpresas."
A maior demanda ocorrerá nos aeroportos do Rio de
Janeiro, que devem receber cerca de 47 mil passageiros para a final da Copa das
Confederações.
Além do reforço de pessoal nos aeroportos fluminenses
(Galeão e Santos Dumont), os órgãos públicos para os serviços e segurança serão
aumentados nas outras cinco cidades que receberão partidas do torneio, como
Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife, além de São Paulo, que
está fora da competição.
Durante a competição, a Força Aérea Brasileira (FAB)
criará áreas de exclusão (reservada, restrita ou proibida) em determinadas
porções do espaço aéreo brasileiro com tamanhos e acessos de níveis diferentes.
O período de vigência das restrições será compreendido entre uma hora antes e
quatro horas depois do início dos jogos da Copa das Confederações.
Desde que o Brasil foi escolhido para sediar grandes
eventos esportivos, a Fifa tem manifestado preocupação com o setor aéreo, uma
vez que o crescimento da demanda por aviação nos últimos anos revelou um
gargalo na infraestrutura aeroportuária do país.
Para resolver o problema, o governo apostou no aumento
de investimento da Infraero, que administra os aeroportos, e na concessão à
iniciativa privada de alguns dos principais terminais. Os aeroportos de
Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (Campinas/SP) foram licitados no ano
passado para empresas privadas, que têm obrigações de aumentar a infraestrutura
a ser entregue até a Copa do Mundo.
Ainda neste ano, o governo pretende leiloar as
concessões dos aeroportos do Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte).
Questionado sobre a fama do "caos aéreo" no
Brasil, o ministro disse que está "trabalhando" para evitar isso,
citando planos de contingência, integração entre os governos estaduais e
municipais, criação da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias
(Conaero), obras em vários aeroportos brasileiros e concessões que serão
lançadas em setembro para os aeroportos de Galeão e Confins.
"É um esforço não só para melhorar a qualidade
destes eventos, mas, sobretudo, para atender o usuário brasileiro",
finalizou o ministro.
Fonte: Extra
0 comentários:
Postar um comentário