A Embraer planeja
fazer o primeiro voo do jato de transporte KC-390 na próxima semana, informou o
gerente do projeto na Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de
Combate), coronel Sergio Henrique da Silva Carneiro. "Pela nossa
programação está tudo certo para que o voo aconteça a partir do dia 19",
disse.
Segundo Carneiro,
até no máximo o início da próxima semana a Anac (Agência Nacional da Aviação
Civil) deverá emitir o certificado que autoriza a Embraer a realizar o voo com
a aeronave. "Trata-se de um procedimento padrão onde a autoridade
certificadora verifica se todos os ensaios, procedimentos de segurança e
documentação técnica para o voo foram feitos e cumpridos de acordo com o
previsto", afirmou.
Com relação ao
problema identificado no motor durante um teste no fim de dezembro, Carneiro
disse que o equipamento foi substituído e encaminhado para manutenção. "O
problema com o motor não impediria o voo. Está tudo caminhando bem e dentro do
cronograma."
O gerente do
KC-390 comentou que mais de 300 pessoas, entre técnicos, engenheiros e
representantes das empresas parceiras dos principais sistemas da aeronave estão
envolvidas no primeiro voo da aeronave, a maior já desenvolvida pela indústria
aeronáutica brasileira. Todas as atividades estão sendo realizadas na fábrica
da Embraer em Gavião Peixoto (SP). O local concentra a produção das aeronaves
de defesa da empresa.
Carneiro informou
ainda que a FAB continua trabalhando para fechar os acordos de
"offset" relacionados ao KC-390. O objetivo é exigir desses parceiros
contrapartidas tecnológicas e de cooperação industrial em função da
participação deles no projeto. Todos os "offsets" serão revertidos em
benefício das empresas do setor aeroespacial brasileiro.
De acordo com o
coronel Carneiro, já foram assinados três contratos de offset com as empresas
Rockwell Collins, BAE e Rohde-Schwarz. Um deles está em vias de ser assinado
com a Thales e dois em negociação avançada com a Cobham e Goodrich.
"Sãooffsets relacionados aos sistemas de propulsão, comandos de voo,
aviônica, manuseio e lançamento de carga e sistema de missão", explicou.
A FAB também
negocia com as empresas DRS, Eaton, Hamilton-Sundstrand, Safram / Sagem,
Selex-Galileo e Rafael. "O grande offset, no entanto será na área de
motores e está sendo discutido com a International Aero Engines (IAE)",
afirmou Carneiro.
Fonte: Valor
Econômico
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