A fabricante
norte-americana de aviões Boeing começou o terceiro dia do Paris Air Show com
uma grande encomenda para jatos de carga 747-8F.
A empresa assinou um acordo com a companhia aérea russa Volga-Dnepr para adicionar até 20 novos cargueiros deste modelo para a frota da companhia aérea.
A preços de tabela, o negócio pode chegar a US$ 7,4 bilhões, disse a Boeing, apesar de os clientes normalmente receberem grandes descontos.
O compromisso é o mais recente sinal de recuperação no mercado de frete aéreo, que sofreu com a crise financeira de 2008 e a recessão global desde então.
Nesta semana, a Boeing recebeu encomendas da Taiwan EVA Airways, para cinco aviões de carga 777, e da Qatar Airways, para quatro dos aviões de carga.
A International
Air Transport Association disse este mês que "houve um reforço do negócio
de carga em 2014, que tem continuado até 2015". Um recorde de 54,2 milhões
de toneladas métricas de carga deverão ser enviados por via aérea, informou.
A associação, no
entanto, alertou que a indústria pode sofrer pressões sobre os preços e que um
possível crescimento mais lento no comércio global pode prejudicar a demanda
por aeronaves de carga.
Para a Boeing, a
encomenda da Volga-Dnepr vai prolongar a vida do produto mais icônico da fabricante
de aviões.
A demanda por
maiores aviões de quatro motores, tanto em arranjo de carga e de passageiros,
tem ficado muito atrás de jatos menores bimotores.
Apesar disso, a
Boeing irá reduzir a produção do tipo 747 para uma média de 1,3 por mês neste
ano, ou cerca de 15 a 16 por ano, uma queda de 1,5 mensal em relação ao ano
passado.
Na semana passada,
a fabricante reduziu sua previsão de mercado de 20 anos para os grandes aviões.
Companhias aéreas
de passageiros e de carga só devem precisar de 540 dos maiores jatos, ante a
previsão de 620 em 2014.
Fonte: Revista
Aero Latina
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